4 Detentos acusados de assassinar presos envolvidos em plano para matar Sergio Moro são transferidos para Penitenciária de Avaré
Imagem: Janeferson Aparecido Mariano, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Re, foram mortos em Presidente Venceslau (SP) — Foto: Reprodução
Na manhã desta quarta-feira (26), quatro detentos acusados de assassinar Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, foram transferidos sob escolta para a Penitenciária Doutor Paulo Luciano de Campos, a P1, em Avaré (SP).
Anteriormente, os suspeitos estavam na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP), onde ocorreram os homicídios. A transferência foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP) ao g1.
Os suspeitos, Elidan Silva Ceu, Jaime Paulino de Oliveira, Luís Fernando Baron Versalli e Ronaldo Arquimedes Marinho, foram presos em flagrante no dia 17 de junho, data dos assassinatos de Nefo e Rê.
- Elidan Silva Ceu, também conhecido como Alemão e Talibam, 45 anos;
- Jaime Paulino de Oliveira, também conhecido como Japonês, 47 anos;
- Luís Fernando Baron Versalli, também conhecido como Teo, VV, Barão e Barom, 53 anos;
- Ronaldo Arquimedes Marinho, também conhecido como Saponga, 53 anos.
Os quatro foram indiciados por homicídio duplamente qualificado, devido ao motivo torpe e ao uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Nefo e Rê, ambos com 48 anos, foram encontrados mortos com perfurações pelo corpo e cortes no pescoço. Um canivete e um punhal artesanal, utilizados nos crimes, foram apreendidos pela Polícia Civil no local.
Os dois haviam sido presos em março de 2023, durante a Operação Sequaz, que investigava um plano elaborado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra agentes públicos, incluindo o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades de segurança pública no Brasil.
Ligação com o PCC
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya disse acreditar que os detentos foram executados a mando da cúpula do PCC.
O integrante do Gaeco afirmou que na P2 “não acontece nenhum crime que não tenha sido determinado ou permitido pelo PCC”.
“Eu tenho dito na verdade que os indícios indicam que houve uma ordem, uma determinação da cúpula. Porque eles [Nefo e Rê] eram integrantes do PCC e eram integrantes importantes. O Reginaldo, o Rê, era um dos líderes de rua do PCC em São Paulo, e o Janeferson, o Nefo, era o responsável pelo setor que eles chamam de ‘Restrita’, que é um setor que existe para cometer atentados e resgates”, disse Lincoln Gakiya.